terça-feira, 29 de abril de 2014

Enroladinho de Chocolate

Com tantas propagandas na TV de guloseimas com glúten, a minha filha pediu este "Recheadinho".
Pensei e pensei e tive a idéia de pegar uma massa de biscoito comum e transformá-la nesta receita apetitosa.
Veja os ingredientes:


Massa de biscoito:

1 xícara (chá) de amido de milho
1/2 xícara (chá) de fécula de batata
1/2 xíacara (chá) de creme de arroz
1/2 colher (sopa) de fermento
1/2 xícara (chá) açúcar
1/2 tablete de margarina culinária sem sal (50g)
1 ovo

Recheio
Chocolate forneável Harald ou Mavalério (este recheio de chocolate ou doce de leite já vem pronto e e próprio para ir ao forno).

Cobertura:
Chocolate derretido ao leite ou meio amargo (conforme preferir).

Modo de fazer:

Misture todos os ingredientes seco e reserve. Numa tigela, bata a margarina, o ovo e o açúcar. Adicione os ingredientes secos e sove a massa. Se ficar mole acrescente um pouco de farinha e se ficar seco coloque umas gotinhas de água ou de leite.
Para este recheadinho, abra a massa, recheie com chocolate forneável e enrole como se fosse um rocambole. Corte do tamanho desejado e leve para assar numa assadeira forrada com papel manteiga.
Depois de assado, decore com chocolate derretido por cima.


sexta-feira, 25 de abril de 2014

A Menina que não podia tomar leite




Ela era toda meiga, alegre e divertida. Seu nome era Vivi.
Vivi não podia tomar leite porque a barriga doía. Mas ela gostava de leite.
Então a mamãe amorosa fazia um tal de leite de arroz.
Vivi achava estranho porque quando ela colocava o chocolate no tal leite de arroz ele ficava igualzinho o leite que saía da vaca.
Então um certo dia Vivi teve uma ideia: Já que eu não posso tomar leite eu vou juntar todo o leite que eu não posso tomar e pedir para a minha mãe fazer doce de leite.
Aí eu levo os doces para vender na cidade e quando eu vender tudo vou ter muito dinheiro. E com esse dinheiro eu vou comprar uma vaquinha para dar mais leite ainda. E com todo o leite que a vaquinha der a minha mãe vai fazer muitos, mas muitos doces de leite e eu vou vender na cidade. E quando vender tudo eu vou ganhar tanto, mas tanto dinheiro que eu vou poder comprar uma porção de galinhas. E quando estas galinhas botarem os ovos de ouro nós iremos ficar ricos!
De repente a Vivi despertou de seus doces sonhos e sua mãe estava com a mão em seu ombro lhe chamando:
- Acorde, Vivi. O seu leite com chocolate já acabou e é hora de dormir!
Vivi não sabia bem qual era a diferença do leite de vaca para o leite de arroz, porque para ela tudo era gostoso do mesmo jeito. Mas certamente seria mais fácil vender doce de leite com o leite da vaca.
Naquela noite Vivi foi dormir com a sua barriguinha cheia e pensando como era bom tomar leite com chocolate, seja lá com qual leite ele fosse feito.


Autoria: Erivane de Alencar Moreno

A Branca de Neve Celíaca




 
Era uma vez uma linda menina de pele branca , olhos negros e  lábios vermelhos como o sangue. O seu nome era Branca de Neve.
Desde pequenina a rainha, sua mãe, descobriu que ela não podia comer alimentos que continham glúten, como pães, bolachas, pizzas e outras massas que são feitas com farinha de trigo.
Mas Branca de Neve era feliz porque todas as empregadas do reino faziam delícias sem glúten como bolo de chocolate, biscoitos em formato de bichinhos e tantas outras delícias.
Ainda pequenina a mãe de Branca de Neve morreu e para que ela não crescesse sem mãe, o seu pai casou-se com uma mulher jovem e linda.
Esta madrasta de Branca de Neve tinha um espelho e todas as manhãs quando acordava ela perguntava a ele:
- Espelho, espelho meu, existe alguém mais linda do que eu?
E o espelho sempre respondia que ela era a mulher mais linda do reino.
Passado alguns anos, numa manhã a madrasta de Branca de Neve perguntou ao espelho quem era a mulher mais linda e para o seu espanto o espelho respondeu:
- Existe agora uma jovem que é a mais bela do reino e seu nome é Branca de Neve.
A rainha má ficou furiosa e criou um plano: a partir daquele dia colocaria glúten escondido na comida de Branca de Neve sem que ninguém percebesse.
Branca de Neve começou a passar mal e a ter fortes dores de barriga, a sua pele ficou cheia de carocinhos que coçavam muito e ela vivia doente. Com o passar do tempo Branca de Neve já não era a mais bela porque estava sempre com dor, vivia no banheiro e não tinha ânimo para brincar e desta forma a rainha voltou a ser a mais bela do reino.
Até que um dia, uma serva do reino contou a Branca de Neve que via a sua madrasta colocar farinha de trigo e aveia em sua comida e por esta razão ela estava passando mal. Para ajudar Branca de Neve, ela chamou o seu marido que também era servo do reino para tirar Branca de Neve do palácio e levá-la para floresta a fim de que ela pudesse se livrar da sua madrasta e de suas maldades.






Já na floresta, Branca de Neve sentiu medo por estar sozinha, mas fome ela não passou porque como as frutas, legumes e verduras são livres de glúten ela encontrou tudo isto para comer em meio a floresta. Mais tarde, resolveu colher algumas frutas para o seu lanche da tarde e sentada num galho de uma árvore ela avistou uma casinha pequenina e lá entrou.
Como não tinha ninguém e parecia que a casa estava abandonada, Branca de Neve limpou tudo e cansada, foi dormir.
Os donos daquela casinha estavam trabalhando e ao final do dia retornaram da mina onde trabalhavam. Quando chegaram em casa tiveram uma grande surpresa: tudo estava limpo e no ar havia um cheiro maravilhoso de uma sopa que estava a cozinhar no caldeirão.
Um dos anões por nome de Dunga já ia enfiar a mão na sopa para experimentar, quando Zangado o advertiu:
_ Não faça isto, e se tiver glúten?
Ao subir as escadas os sete anões entraram no quarto e viram a moça mais bela que já tinham contemplado: Branca de Neve.
Ao acordar, ela contou para os sete anões tudo o que se passava no reino e o porque fugiu de lá.
Os anões disseram que ela poderia morar com eles naquela casa, mas com uma condição: ela teria que fazer comida sem glúten para eles porque todos os sete anões eram celíacos.
Branca de Neve abriu um grande sorriso e disse:
- Não tem problema, porque eu também sou celíaca e não posso comer glúten. Eu garanto a vocês que vou preparar os mais gostosos quitutes sem glúten todos os dias e livre de contaminação.
Os anões ficaram muito felizes.



Branca de Neve voltou a comer frutas e alimentos livres de glúten e desta forma começou a ganhar peso novamente, voltou a crescer e a ter ânimo para fazer as coisas e sua pele voltou a ser maravilhosa. Ela estava feliz!
Um dos anões, o Mestre, deu conselhos a ela:
- Nunca abra  a porta para pessoas desconhecidas e nunca aceite nenhum alimento que você não saiba se tem glúten ou não.
Certo dia a madrasta ficou sabendo que Branca de Neve estava viva e resolveu tomar uma poção mágica para se transformar numa velhinha e enganar Branca de Neve.
Numa manhã, a jovem estava preparando deliciosos cupcakes sem glúten quando a sua madrasta disfarçada de uma velhinha camponesa bateu em sua porta e disse que estava passando mal.
Branca de Neve se esqueceu do conselho que o Mestre havia lhe dado e deixou-a entrar e lhe deu um copo d’água.
Como recompensa, a bruxa lhe ofereceu balas e chocolates cheios de glúten e sem perguntar nem ler a embalagem para ver se continha glúten ou não a Branca de Neve os comeu.
Após comer a sua barriga inchou e ela começou a ter fortes dores no estômago e ficou sem forças. A madrasta disfarçada aproveitou que Branca de Neve estava fraquinha e enfiou um pedaço de maçã envenenada em sua boca. Sem forças para lutar ela acabou engolindo a maçã e caiu num sono profundo.
A bruxa saiu correndo e ao tentar fugir escorregou numa pedra, caiu de um penhasco e morreu.
Ao chegar do trabalho os anões mal puderam acreditar: Branca de Neve estava morta!
Sem coragem de enterrá-la eles a colocaram num esquife de vidro e todos os dias prestavam homenagens a ela com flores e muitas lágrimas.
Os anos se passaram e certo dia um príncipe ouviu falar de uma jovem princesa celíaca que havia morrido e resolveu encontrá-la.
Ao ver Branca de Neve tão linda dentro do esquife o príncipe não resistiu e deu-lhe um beijo. Assim que a beijou, Branca de Neve despertou de seu sono profundo.
Feliz, o príncipe a pediu em casamento. Branca de Neve aceitou e  foram morar no palácio onde o príncipe fez um decreto que a partir daquele dia não haveria mais glúten em todo o reino. Os dois tiveram muitos filhos e  foram felizes para sempre!






Autora: Erivane de Alencar Moreno

quinta-feira, 24 de abril de 2014

Ana Beatriz


Ana Beatriz vivia com falta de ar

Se chegava perto de um bichinho de pelúcia

Ela logo começava a espirrar

A vida dela era fazer inalação

“Ô coisa chata.” - pensava ela.

Isto me atrapalha a ver televisão.

Se corria muito ela se cansava,

Se sentia cheiro de perfume ela espirrava.

Vivia tomando antialérgicos

E vários outros remédios.

Um dia a sua situação piorou

E para o hospital seus pais a levaram.

Fez inalação, tomou injeção.

Mas de nada adiantou, então eles a internaram.
A garota conheceu outras crianças e cada uma tinha uma história

Umas tossiam muito, outras estavam com pneumonia.

Algumas não respiravam direito e tinham algumas alergias.

Todas aquelas amizades alegraram o seu coração

E o mais legal, era que assim como ela,
todas as crianças também faziam inalação.

Para passar o tempo, Ana Beatriz desenhava,

Assistia televisão e no computador ela jogava.

Os dias passaram tão rápido que a garota nem percebeu

E logo a sua mãe uma boa notícia lhe deu.

Filha, você já está bem e para a casa poderemos voltar.

Ana  Beatriz ficou feliz mas logo se pôs a chorar.

Era porque ela queria os seus novos amigos levar.

Mas a sua mãe lhe explicou, que a amizade não precisava acabar.

Porque elas também receberiam alta 
e fora do hospital todas poderiam se encontrar.

Lá se foi Ana Beatriz, respirando bem melhor.

Ela pulava, ela corria e nenhuma tosse aparecia.

Mas lá no fundo ela sabia que se um dia precisasse

Voltar ao hospital e novamente ficar internada.

Ela iria entender perfeitamente e nem ia ficar chateada.

Porque o importante era estar bem para brincar e para correr

Pois em qualquer lugar onde estivesse, muitas amizades poderia fazer.





Autoria:  Erivane de Alencar Moreno

Os Três Meninos Jogadores


Era uma vez três amigos que adoravam jogar bola.

Além de vizinhos eles estudavam na mesma escola e tinham quase a mesma idade.

Todos os anos havia um campeonato de futebol na escola e eles desejavam muito participar, mas naquele ano só havia mais uma vaga.

Então eles treinavam. Todo tempinho de folga que surgia, lá estavam os três juntos, jogando futebol.

Quando os três estavam no mesmo time não tinha para ninguém. O Dudu tomava a bola do adversário, o Francisco driblava e Zeca fazia o gol. Era lindo ver como os garotos jogavam bem.

Por coincidência os três eram celíacos e por isso não podiam comer glúten.

O Dudu seguia a dieta à risca e não comia nenhum pouquinho de glúten.  Mas o Zeca e o Francisco vira e mexe davam uma mordida no lanche dos amigos ou compravam alguma guloseima com glúten na cantina da escola.

Quando o campeonato se aproximou, o treinador resolveu que iria chamar os três para participar dos jogos porque os meninos tinham muito talento.

Sendo assim, ele resolveu ir a casa de cada um deles para dar a notícia.

Quando chegou a casa de Zeca a mãe dele disse que ele não poderia fazer parte do time. O treinador perguntou por que e ela respondeu que devido o filho estar comendo glúten, ele estava muito mal, com dor de barriga e não saía do banheiro.

Que pena! – comentou Sr. Hélio, o treinador do time.

Ele então se dirigiu a segunda casa da rua, que era do Francisco. Tocou a campainha e a avó do garoto saiu para atender. Triste, ela disse que o Francisco estava no médico com seus pais.

- Mas ele está doente? – perguntou o Sr. Hélio.

- Sim, senhor. Ele tem comido glúten mesmo sabendo que não pode e tem passado muito mal. Anda cansado e não aguenta nem correr direito. Sinto muito, mas ele não poderá participar do campeonato este ano.

Muito triste, o senhor Hélio foi até a casa de Dudu e tocou a campainha.

Sua mãe saiu e disse: - O Dudu não está senhor treinador.

Indignado, o senhor Hélio perguntou:

- O que? Vai me dizer que ele também está doente?

- Doente? – perguntou a mãe de Dudu. Não! Ele está na rua jogando futebol com os amigos. Ah! Olha lá, ele acabou de fazer um gol!

Assim que viu o senhor Hélio, Dudu saiu correndo e veio cumprimentá-lo.

- Olá, senhor treinador. O senhor por aqui? Eu fiz alguma coisa errada no treino de hoje de manhã?

E passando a mão na cabeça de Dudu o senhor Hélio respondeu:

- Não, Dudu. Eu vim até aqui para dar uma ótima notícia a você: este ano você irá participar do campeonato de futebol na escola.

- Sério? – perguntou Dudu ainda sem acreditar que iria fazer parte da melhor equipe da escola.

- Sim, Dudu. E você conseguiu esta vaga no time graças ao seu bom desempenho que só aconteceu porque você obedeceu aos conselhos dos seus pais e tem feito direitinho a dieta sem glúten.

- Puxa, senhor Hélio. Que legal! Às vezes os meus amigos até me oferecem uma bala ou um pedaço do lanche deles com glúten, mas eu nem pego porque eu sei que se eu comer vai me fazer mal.

- Isso mesmo, Dudu. Os seus dois amigos acabaram de perder uma vaga no campeonato justamente porque estão comendo glúten escondido e andam passando mal. Continue assim que você será um jogador brilhante! – disse o senhor Hélio.

Naquele ano, além de ganhar uma medalha como os demais amigos do time, Dudu ganhou o troféu de melhor jogador da escola.

Depois disto, seus amigos Zeca e Francisco decidiram parar de comer guloseimas com glúten e começaram a melhorar.

O sonho deles era ficar forte e saudável como Dudu e quem sabe no ano seguinte poder jogar no campeonato mais legal da escola.



Autora: Erivane de Alencar Moreno