Era uma vez
uma linda menina de pele branca , olhos negros e lábios vermelhos como o sangue. O seu nome
era Branca de Neve.
Desde
pequenina a rainha, sua mãe, descobriu que ela não podia comer alimentos que
continham glúten, como pães, bolachas, pizzas e outras massas que são feitas
com farinha de trigo.
Mas Branca
de Neve era feliz porque todas as empregadas do reino faziam delícias sem
glúten como bolo de chocolate, biscoitos em formato de bichinhos e tantas
outras delícias.
Ainda
pequenina a mãe de Branca de Neve morreu e para que ela não crescesse sem mãe,
o seu pai casou-se com uma mulher jovem e linda.
Esta
madrasta de Branca de Neve tinha um espelho e todas as manhãs quando acordava
ela perguntava a ele:
- Espelho,
espelho meu, existe alguém mais linda do que eu?
E o espelho
sempre respondia que ela era a mulher mais linda do reino.
Passado
alguns anos, numa manhã a madrasta de Branca de Neve perguntou ao espelho quem
era a mulher mais linda e para o seu espanto o espelho respondeu:
- Existe
agora uma jovem que é a mais bela do reino e seu nome é Branca de Neve.
A rainha má
ficou furiosa e criou um plano: a partir daquele dia colocaria glúten escondido
na comida de Branca de Neve sem que ninguém percebesse.
Branca de
Neve começou a passar mal e a ter fortes dores de barriga, a sua pele ficou
cheia de carocinhos que coçavam muito e ela vivia doente. Com o passar do tempo
Branca de Neve já não era a mais bela porque estava sempre com dor, vivia no
banheiro e não tinha ânimo para brincar e desta forma a rainha voltou a ser a mais
bela do reino.
Até que um
dia, uma serva do reino contou a Branca de Neve que via a sua madrasta colocar
farinha de trigo e aveia em sua comida e por esta razão ela estava passando
mal. Para ajudar Branca de Neve, ela chamou o seu marido que também era servo
do reino para tirar Branca de Neve do palácio e levá-la para floresta a fim de
que ela pudesse se livrar da sua madrasta e de suas maldades.
Já na
floresta, Branca de Neve sentiu medo por estar sozinha, mas fome ela não passou
porque como as frutas, legumes e verduras são livres de glúten ela encontrou
tudo isto para comer em meio a floresta. Mais tarde, resolveu colher algumas
frutas para o seu lanche da tarde e sentada num galho de uma árvore ela avistou
uma casinha pequenina e lá entrou.
Como não
tinha ninguém e parecia que a casa estava abandonada, Branca de Neve limpou
tudo e cansada, foi dormir.
Os donos
daquela casinha estavam trabalhando e ao final do dia retornaram da mina onde
trabalhavam. Quando chegaram em casa tiveram uma grande surpresa: tudo estava
limpo e no ar havia um cheiro maravilhoso de uma sopa que estava a cozinhar no
caldeirão.
Um dos anões
por nome de Dunga já ia enfiar a mão na sopa para experimentar, quando Zangado
o advertiu:
_ Não faça
isto, e se tiver glúten?
Ao subir as
escadas os sete anões entraram no quarto e viram a moça mais bela que já tinham
contemplado: Branca de Neve.
Ao acordar,
ela contou para os sete anões tudo o que se passava no reino e o porque fugiu
de lá.
Os anões
disseram que ela poderia morar com eles naquela casa, mas com uma condição: ela
teria que fazer comida sem glúten para eles porque todos os sete anões eram
celíacos.
Branca de
Neve abriu um grande sorriso e disse:
- Não tem
problema, porque eu também sou celíaca e não posso comer glúten. Eu garanto a
vocês que vou preparar os mais gostosos quitutes sem glúten todos os dias e
livre de contaminação.
Os anões
ficaram muito felizes.
Branca de
Neve voltou a comer frutas e alimentos livres de glúten e desta forma começou a
ganhar peso novamente, voltou a crescer e a ter ânimo para fazer as coisas e
sua pele voltou a ser maravilhosa. Ela estava feliz!
Um dos
anões, o Mestre, deu conselhos a ela:
- Nunca
abra a porta para pessoas desconhecidas
e nunca aceite nenhum alimento que você não saiba se tem glúten ou não.
Certo dia a
madrasta ficou sabendo que Branca de Neve estava viva e resolveu tomar uma
poção mágica para se transformar numa velhinha e enganar Branca de Neve.
Numa manhã,
a jovem estava preparando deliciosos cupcakes sem glúten quando a sua madrasta
disfarçada de uma velhinha camponesa bateu em sua porta e disse que estava
passando mal.
Branca de
Neve se esqueceu do conselho que o Mestre havia lhe dado e deixou-a entrar e
lhe deu um copo d’água.
Como
recompensa, a bruxa lhe ofereceu balas e chocolates cheios de glúten e sem
perguntar nem ler a embalagem para ver se continha glúten ou não a Branca de
Neve os comeu.
Após comer a
sua barriga inchou e ela começou a ter fortes dores no estômago e ficou sem
forças. A madrasta disfarçada aproveitou que Branca de Neve estava fraquinha e enfiou
um pedaço de maçã envenenada em sua boca. Sem forças para lutar ela acabou
engolindo a maçã e caiu num sono profundo.
A bruxa saiu
correndo e ao tentar fugir escorregou numa pedra, caiu de um penhasco e morreu.
Ao chegar do
trabalho os anões mal puderam acreditar: Branca de Neve estava morta!
Sem coragem
de enterrá-la eles a colocaram num esquife de vidro e todos os dias prestavam
homenagens a ela com flores e muitas lágrimas.
Os anos se
passaram e certo dia um príncipe ouviu falar de uma jovem princesa celíaca que
havia morrido e resolveu encontrá-la.
Ao ver
Branca de Neve tão linda dentro do esquife o príncipe não resistiu e deu-lhe um
beijo. Assim que a beijou, Branca de Neve despertou de seu sono profundo.
Feliz, o
príncipe a pediu em casamento. Branca de Neve aceitou e foram morar no palácio onde o príncipe fez um
decreto que a partir daquele dia não haveria mais glúten em todo o reino. Os
dois tiveram muitos filhos e foram
felizes para sempre!
Autora:
Erivane de Alencar Moreno
Adorei sua criatividade, Erivane!
ResponderExcluirÉ uma ótima alternativa para incluir a criança celíaca também nos contos-de-fadas! Parabéns!
Obrigada, Paola. Com atraso! rsrs Beijos
ExcluirLindo, amei... muito criativo...
ResponderExcluirObrigada, Karoline.
ResponderExcluirAdorei vou ler pra minha pequena.
ResponderExcluirMuito obrigada ;)
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